E agora me joguei no labirinto da vida,
Não queria, pois no fundo eu sabia,
Sabia o que lá se escondia,
Vasculhar a própria sexualidade é para ousados,
Ou para insanos descompensados,
Quem sabe?
A libido,
Trancafiada pelo fantasma da rejeição,
Quando vem a tona se torna pura agressão,
Se me questionei olhei,
E vi, fiquei com medo e orei,
Quem sou? Quem eu serei?
Se o feminino
arrepia e derrete minha pele,
Toca
minha alma,Mas despedaça meu coração,
Por prazer ou por medo,
De fato, mas que confusão,
Sua face angelical desarma, impressiona e me rouba a noção,
O lado infernal me manipula e machuca, assim como Dalila fez a Sansão,
A misoginia me parece uma fiel tradução,
Dos sentimentos contrários da minha magnífica atração,
Odeio o que mais amo, e gosto de quem não amo,
O que pensar o que entender se seus pecados agradam meus sentidos,
Iluminam e me trazem brilho,Mas suas maquinações me magoam,
E me apagam a vida,
Me colocam de quatro e humilham,
Como ceder aos encantos da vida se eles me levam a perdição?
Algumas até encaram como elogio,
Mas que decepção...
Eu mirando no amor e você na dor,
Queria lhe dar o mundo, mas você só queria me ostentar na vizinhança,
Será que não vê?