Como gostaria de lhe contar,
Somos tudo aquilo que vemos,
Porque só há reflexo daquilo que existe,
E só o que existe são nossas consciências,
Se vejo beleza,
É porque sou belo.
Se vejo ódio,
Sou pois odioso,
O que acontece então quando só vejo prazer,
Como um touro que se enfurece ao vermelho,
Extasio ao ter os orgasmos internos,
A todo o momento,
Vejo gozo e gemidos a todo instante,
Em qualquer situação,
Aquela ventania de frescor branca,
Branda e avassaladora,
Que refresca e desperta o pior do meu ser,
Que reflete o melhor do meu prazer,
Derrete-me em êxtase ainda que contido,
Impossível disfarçar,
E respiração a ofegar,
Prestes a gozar,
Só por sua beleza começar a contemplar,
Corta-me ao meio,
Repartindo-me em Deus e Maldição,
A agonia daquele insano prazer,
Que me refresca e rouba à calma,
Que desespera,
Mas acalenta e goza com a alma,
Destrói a tranqüilidade,
Logo me ponho a sofrer,
De tanto prazer,
Dou conta que estou no inferno,
E que sou um Deus a trazer a contradição de meu ser,
E que também estou no céu,
Esperando-me despertar,
Das antigas crostas libertar!!!
Martini
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