I’ve got
that burning hot desire,
But there’s
nothing I can do,
Oh God,
it’s so wrong,
I wish you
could feel,
It’s
wonderful, it’s ill,
I will…not!
Quando você me ama não me importa,
Quando me queres não me apetece,
De longe posso farejar-te,
Na distancia posso senti-la,
Seja você quem for,
A vizinha ou aquela loira linda,
Que encontrei dobrando a esquina,
Ao percorrer suas vergonhas nunca me envergonho,
Mas estrala um desejo,
E o salivar incontente escorre pelas ventas,
Goteja das presas,
É você quem eu quero,
Aqui e agora,
Já! Sem demora.
E a serpente sempre ouvinte,
Esperando ansiosa, em estado latente,
Sai das profundezas me trazendo certezas,
Ssssssss... Um sibilar uivante, urgente,
Determinante e potente,
Um laço em vórtice atinge como um animal,
A presa desatenta,
Meu veneno é fatal!
Meu Deus,
Tenho vontades horríveis,
Tenho desejos monstruosos,
Não é justo!
Justo comigo?
Minha diversão é doentia,
Minha satisfação macabra,
Uma vida escondida,
Por ser tão sombria,
Pois tenho vontades mais vergonhosas,
Que minhas próprias vergonhas...
É tão confuso,
Não sei se sou profano ou divino,
Não sei se me amo ou me condeno.
Como amar o mais podre dos humanos?
Não sei o que fazer,
Cada espaço entre células,
Cada átomo entre moléculas,
Percorrem entre os poros,
De dentro afora... Meu desejo!
Sem que percebas vou rastejando até você,
Sem que notes começo a te lamber,
E não paro... até enlouquecer!
Cada milímetro da sua pele é lembrada,
E enfim como um artista posso apreciá-la,
Mas em teu semblante noto o sofrimento,
Na tua alma fica a marca do presente desespero,
E dentro da minha logo entristeço,
Pois queria o teu riso, espontâneo e bonito,
E não o pavor de não ter escolha nascido no vício.
Clint Martini
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