quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Homem








O Homem que sou,
É quantidade de mulheres,
Em qualidades e paixões,
De intensidades,
Que me cercam.

Aqui não há o que poetizar,
Nem o karma tentar profetizar,
Nenhuma história bonita a lhe contar,
Nem nada a se fazer, a não ser,
Esticar a cabeça e mergulhar fundo no denso poço, de desejos,
Que depositei minhas moedas de esperanças e íntima confiança,
Pois agora sei que só estou colhendo vingança.

Vaga lembrança...

Da malícia sadia,
Da adrenalina que nas veias escorria,
Pela honra da conquista.
A força que surgia,
Da formidável atuação,
Do meu gentil e caro amigo Menino.
Gostava de aparecer para surpreender,
E ver os olhos estralar,
O sorriso brotar,
E a tua alma, leve e livre,
Devagar... Em meus braços se jogar.
O mais humilde traço de delicadeza,
Elicia o imperioso processo da firmeza,
A curiosidade, beleza,
Faz desprender a energia aqui,
Capaz de mover montanhas,
De criar multiversos,
Abrir olhos e te envolver todo desperto,
Pra explodir nos limites da própria pele,
Freado pelo medo que a pele se enganou.

Que a carne não é,
Mas esta.
A pele percebe,
Mas nunca sabe.
A visão enxerga,
Mas engana, pois nunca explana,
E Ísis é figura sacana,
Pois a carne é burra e continua nas eras da Terra plana.



Clint Martini

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