Eu tinha um vampiro,
Um vampiro que chamava Ela.
As vezes endurecia,
As vezes seduzia.
Me absorvia, invadia,
Sugava e chupava,
Sem pudor e sem amor,
Mas com carinho e desejo... enfeitiçador.
Nunca me abandonava,
E quando a noite virava,
Era morcego que percorria sonhos, voava.
Pesadelos obesos de servidão e terror, matava.
Eu tinha um vampiro, cujo nome é Ela.
Que não descansa e me cansa,
Drena e esvazia como um funil,
Toda alegria do Homem viril.
Pra sorrir de dentes caninos,
Com olhos de belo felino.
Me congelando, extasiando,
Sempre a espreita de uma nova dose de si mesmo,
No meu maior pescoço toda noite sem parar.
Vampirela.
Martini Clint.
14.07.2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário