Escondido na barba rala, planejadamente mal feita,
Jaz a face da ganância, um falso rosnado,
Um uivo de liberdade e poder, que na verdade se chama medo,
Ao mostrar as presas o animal revela suas fraquezas,
De que adianta saber, se somente sei,
Mas nunca mudarei,
Pois a vida já negligenciei,
Errei,
Errei muito,
Começo a lembrar, feito um louco ou coisa pior,
Possuído pelo mal, mas travado pelo medo,
Sempre o medo,
Mas nesta vida me limitarei ao ridículo, feliz ou
infelizmente...
Uma criatura inexplicavelmente, sedenta por contato e calor,
Te sugar e lhe esvaziar depois da sua cara rir,
Por ser tão inocente e acreditar no Diabo,
Então ele tomaria minha forma e subjugaria a sua por puro prazer,
Se divertir e gargalhar da idiotice humana,
Que aliás é bem vasta,
O pensamento de força era incrível,
Bufava e esbravejava,
Era pura testosterona, pirava,
Mas quem me conduzia era o vento,
O acaso qualquer, vibração de qualquer momento,
Um escravo da podridão que não recebia nem o que comer,
Muito menos sentido para sobreviver,
Mas o corpo seguia conforme as linhas se desprendiam do inferno,
Se transformavam em um sarcástico sorriso,
A maldição que se instalava no semblante e vomitava no olhar,
Falsa epilepsia,
Puro medo dotado da maior hipocrisia.
Clint Martini.
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